Cavalo Marinho
O mar do pensamento
é turvo de desencanto
e claro de paixão.
Não é azul nem verde:
é fatal.
Ilhas de utopia,
praias de naufrágio,
e o cavalo do mar
entre escolhas e espantos:
tanto e tão fundo,
tão bem e tão mal.
Lya Luft
segunda-feira, 25 de maio de 2009
segunda-feira, 11 de maio de 2009
A teoria da bolinha azul
Havia um pote de bolinhas de gude verde
convivendo normalmente em sua rotina...
Um dado dia
surge entre elas uma bolinha de gude azul
e tudo começa a mudar...
As primeiras a notarem
são as que estão a sua volta
e logo todas no pote estão sabendo
que existe entre elas
um ser diferente
e começam a aportar aquela
cujo único crime cometido
foi nascer diferente...
Para a bolinha azul
existem dois caminhos:
O primeiro seria se pintar de verde
e tentar se ajustar as outras.
Para umas certamente isso passará
desapercebido e ela assim
poderá passar sua vida comodamente
sem ser notada. Isso inclui seus defeitos
e também suas qualidades.
Outras logo notarão a fraude
e acrescentarão em sua ficha o crime
de não ter coragem de ser
quem você realmente é,
e assim carregará nas costas
a sentença de viver a vida
se privando de ser ela mesma.
O segundo caminho é o da aceitação
o que provocará uma reação em toda
comunidade de bolinhas verdes.
Destas 50% simplesmente a rejeitarão
no primeiro instante,
e delas o único sentimento recebido
será o de preconceito e rejeição
pelo único fato que é o das pessoas
terem medo do desconhecido.
As outras 50% procederão
de forma diferenciada
pois terão curiosidade pelo novo,
e após conhecido
poderão opinar verdadeiramente
se é bonito ou feio, bom ou ruim,
certo ou errado, ou
apenas aceitarão que
ninguém precisa ser igual a ninguém,
ou que não existe um padrão
a ser seguido para se atingir a felicidade...
Aceitar-se já é um primeiro passo
para que possam te aceitar.
Aquelas que não te aceitarem
é porque não deram a elas mesmas
a oportunidade de conhecer quem você
realmente é...
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